A Polícia Civil do Piauí participou na manhã desta quarta-feira (09/06) da Operação Tríade, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado do DECOR (DRACO/DECOR), com apoio do Núcleo de Fiscalização do Sistema Penitenciário do Ministério Público do Distrito Federal (NUPRI/MPDFT), voltada a desarticular a célula brasiliense de uma facção criminosa paulista de envergadura nacional responsável pela prática de delitos como homicídios, tráfico de drogas e armas em regiões administrativas do Distrito Federal.
Além da Polícia Civil do Piauí, as diligências de hoje contaram com o apoio da Divisão de Operações Especiais da PCDF e das Polícias Civis dos Estados de São Paulo, Piauí e do Goiás, tendo sido empregados um total de mais de 60 policiais.
Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de mandados de busca e apreensão em Planaltina e Sobradinho, no Distrito Federal, em Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, nos Estados de Piauí e São Paulo. Também foram cumpridos mandados de prisão preventiva no Centro de Detenção Provisória, situado no Complexo da Papuda, de investigados que foram presos no decorrer da investigação. No Piauí foi preso, na cidade de Pajeú, o nacional T.M.S., 22 anos, natural de Osasco-SP.
Por meio de variadas técnicas de investigação aplicadas no decorrer de aproximadamente 1 (um) ano e 4 (quatro) meses de apuração, foi possível identificar e monitorar a atividade das lideranças de diversos setores da organização criminosa atuantes no Distrito Federal. Observou-se que as ações delitivas foram estruturadas em sofisticado mecanismo de divisão de funções, de modo que os investigados se encontravam separados por meio da divisão de tarefas em diferentes quadros. São exemplos: o quadro responsável pelo tráfico de drogas; o quadro que cuida do fluxo de comunicação dos faccionados presos com os que estão na rua; o quadro que monitora e controla os acontecimentos em determinada porção do território do Distrito Federal e assim por diante. A operação foi batizada de “Tríade” considerando justamente as atividades de três desses setores vistos como principais para sustentação da facção: os coordenadores das atividades dentro do presídio, os responsáveis pela comunicação dos presos em regime fechado e o grupo que fazia a ligação entre eles.
Entre as ações delituosas perpetradas pela organização criminosa durante o período de monitoramento, encontra-se a tentativa de, no dia 08/09/2020, fazer entrar no Centro de Progressão Penitenciária – CPP substâncias entorpecentes, pacotes de fumo, embalagens de seda, cigarros, chips telefônicos e celulares.
Assessoria de Comunicação da Polícia Civil