A Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) tem desvendado crimes de alta complexidade e repercussão e, com isso, obtido grande destaque na imprensa local. O sítio da Polícia Civil esteve naquela unidade e teve contato com a equipe de Investigação chefiada pelo Agente de Polícia Civil Joattan Gonçalves da Silva, dos quadros da instituição há 12 anos.
Joattan afirma que a unidade tem se destacado pelo empenho da equipe e pelo apoio recebido do Poder Judiciário, Ministério Público. "A Delegacia Geral tem dado condições de trabalho para que todas essas operações sejam bem sucedidas", elogia o policial.
Recentenete, Joattan narra que "numa semana chegamos a investigar e prender seis estupradores de seis casos diferentes, num esforço fora do comum para dar solução a casos difíceis onde crianças e adolescentes foram vítimas de crimes contra a dignidade sexual. Desses seis estupradores, cinco são do seio familiar das vítimas".
Sobre a dificuldade em tratar de casos que chocam a sociedade e, principalmente, os policiais que tem contato com as minúcias de cada caso, Joattan explica que são, via de regra, familiares os principais agressores de crianças e adolescentes. "Temos muita dificuldade em investigar crimes onde os agressores convivem com as vítimas e, em alguns, também são representantes legais das crianças e adolescentes agredidas. Mas, felizmente, alguém da família que não concorda com a violência procura a delegacia e registra boletim de ocorrência", explica, Joattan.
Caso emblemático marca a carreira de policial
O policial civil Joattan Gonçalves da Silva narra um caso emblemático que marcou sua carreira como investigador: um suposto rapto de uma criança: "No final do ano de 2011, uma criança foi subtraída do Bairro Santo Antônio, zona sul de Teresina, fato denunciado pela própria mãe da vítima, que relatava que sua filha havia sido subtraída por um casal. Naquele momento tivemos de agir rápido, e as investigações iniciaram no próprio local do crime, onde se constatou que a mãe recebeu a quantia de R$ 70,00 em dinheiro e uma cesta básica, como ajuda financeira e alimentar para a mãe da vítima. Constatamos que foi uma moradora do bairro quem apresentou o casal supostamente de raptores à mãe da vítima. Conseguimos obter os mandados de prisão temporária de todos os envolvidos e estes confessaram que a criança tinha sido levada à Fortaleza (CE). Investigamos que um pastor e ex-deputado federal tinha adquirido uma casa no bairro Santo Antônio e lá pedimos à Justiça um mandado de busca, para que pudessemos localizar o endereço onde ele pudesse estar em Fortaleza. Montamos uma equipe, fizemos deslocamento à Fortaleza e localizamos o hotel onde havia sido hospedada a criança e o casal de raptores. Uma outra equipe permaneceu em Fortaleza e, dias depois, fomos informados de que um dos raptores estaria embarcando num terminal rodoviário do Ceará com destino ao Rio de Janeiro. Com base nessa informação, conseguimos prender um dos raptores e promover a apreensão da criança", sintetiza Joattan afirmando que este foi um dos casos mais difíceis que desvendou.
"Ficamos satisfeitos, porque conseguimos localizar a criança e prendemos as três pessoas diretamente envolvidas. Fiquei, pessoalmente, com o sentimento de dever cumprido", comemora Joattan, chefe de investigação da DPCA.
Relações Públicas da Polícia Civil