A Polícia Civil do Piauí participou de curso de investigação de homicídios no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Estado de São Paulo. O treinamento foi realizado no final de setembro de 2012 e contou com a participação dos delegados Carlos César Camelo de Carvalho, Edivan Gervásio Botelho, Adília Klein Acioli Guerra e Clayton Doce Alves Filho, e pelos agentes Marcelo Moura de Oliveira e Hudson Soares Veloso.
Segundo informações da equipe, a viagem ao Estado de São Paulo teve a missão de conhecer a estrutura, as instalações e a dinâmica de trabalho daquele Departamento, em especial da Divisão de Homicídios. Concretizou-se, assim, mais uma etapa no processo de planejamento para a instalação da futura Delegacia de Homicídios Dolosos de Teresina.
De acordo com Carlos César Camelo de Carvalho, "a atividade investigativa da especializada é, em verdade, suplementar à das Delegacias Distritais (denominadas Territoriais, em São Paulo), pois a autoridade policial Titular da Delegacia territorial é a primeira a chegar ao local de crime de homicídio, a qual, em uma análise preliminar, verifica se o crime tem autoria conhecida ou não. A especializada, no caso de São Paulo, o DHPP, só é acionado pelo delegado territorial e caso este verifique que o crime de homicídio é de autoria desconhecida", explicou o delegado.
"Todo esse processo é feito rapidamente, mas pode demorar algumas horas, enquanto isso o corpo da vítima permanece no local, isolado e sob responsabilidade da Polícia Militar. Com a determinação da repartição policial que assumirá o IPL, é realizada a perícia no local, inclusive com o papiloscopista, que extrai as digitais da vítima, e depois o corpo é liberado para o IML. A PM fica responsável pelo corpo até a sua retirada pelo rabecão, o que possibilita à Polícia Civil realizar diligência desde as primeiras horas", narra Carlos César Camelo de Carvalho.
Na visão do Delegado Carlos César, o bom funcionamento da futura Delegacia de Homicídios da Capital depende ainda da realização de várias reuniões com os Delegados Distritais, com a Polícia Militar e com os integrantes do Poder Judiciário e do Ministério Público com atuação nas Varas do Tribunal do Júri da Capital, para que se instaure uma nova metodologia de atendimento e investigação do crime de homicídio, tendente a otimizar a celeridade na sua elucidação".