Policiais do 1º Distrito Policial de Teresina alertam nova modalidade de estelionato que tem feito muitas vítimas em Teresina. Utilizando sempre de um mesmo enredo, induzem as vítimas a fazerem depósitos bancários em contas da quadrilha.
Segundo o escrivão de polícia civil Francisco Dennis Lustosa Sampaio, lotado no 1º Distrito Policial “a vítima recebe uma ligação de outro Estado de alguém dizendo ser o primo ou o tio que está morando fora. O estelionatário começa uma conversa envolvente e a própria vítima começa a fornecer informações que o golpista necessita. Levada pela conversa, a vítima pergunta se é o parente que mora em determinada cidade, dizendo inclusive seu nome. O golpista confirma as informações e a partir de então passa a executar o golpe” explica o escrivão.
“O estelionatário diz que estava a caminho de Teresina, mas o carro em que supostamente vinha à cidade apresentou defeito na estrada e necessita de um valor, normalmente em torno de R$ 2 mil, para pagar pelo conserto. Argumenta que não transportava dinheiro suficiente e nem possui meios para sacar no banco. O dinheiro deve ser depositado na conta do proprietário da oficina mecânica. A vítima recebe os dados da conta e faz a transferência”, alerta Francisco Dennis.
Segundo levantamento dos policiais civis, em alguns casos, quando encontra muita facilidade, o estelionatário chega a ligar novamente alegando que o veículo apresentou outro defeito e assim a vítima perde mais dinheiro.
Os casos já apresentados à polícia estão sendo investigados. Essa modalidade de golpe não é nova, é apenas uma variação de um discurso antigo em que se utiliza da inocência e boa fé das vítimas para obter vantagem financeira por meio fraudulento. Entrentanto, tem feito muitas vítimas do famoso "conto do vigário".
As duas formas mais comuns desse antigo golpe são o falso "matuto" que está com um bilhete de loteria premiado e pede ajuda para receber o prêmio, e a do empresário simpático e elegante que deixa cair um cheque de alto valor e oferece recompensa em razão da vítima ter apanhado o cheque no chão. Um fato comum nestes dois tipos de golpe é que surge um comparsa, que ajuda a ludibriar a vítima. Nas duas situações, os golpistas abordam pessoas que eles sabem que portam alta quantia em dinheiro, pois ficam no interior das agências bancárias fazendo essa observação.
Relações Públicas da Polícia Civil