A Secretaria Estadual da Segurança Pública, através das Delegacias Geral e de Prevenção e Repressão a Entorpecentes, apresentou na manhã desta terça-feira (15) carros recuperados durante investigação onde foi desbaratada uma quadrilha de estelionatários em Teresina. O esquema consistia em financiar veículos de luxo utilizando documentos de “laranjas”. O delegado geral, Riedel Batista confirmou que a investigação iniciou após uma denúncia feita ao próprio Secretário de Segurança.
Fábio Abreu então designou em caráter especial o delegado Matheus Zanatta – DEPRE para presidir o inquérito, que contou com o apoio do Núcleo de Inteligência da SSP-PI. No último final de semana foram cumpridos os mandatos de prisão temporária contra J. A. DE M. P., K. A. S. e A. C. M. M. De acordo com o delegado Matheus Zanatta, o prejuízo está avaliado em cerca de R$ 2 milhões. O líder do grupo está foragido. Seria um homem identificado como Roberto, que se apresentava nas concessionárias com cinco profissões diferentes, além de usar quatro registros de identidade e quatro CPFs. “Era um golpe muito bem aplicado. Eles usavam CPFs que estavam ativos e regulares. O problema é que nesses CPFs eram utilizados documentos de identidade de outras pessoas. As investigações não acabaram”, informou Zanatta.
O coordenador da Depre, delegado Menandro Pedro, informou ainda que as investigações agora acontecem contra o crime de receptação. Os veículos de luxo variam de R$ 150 mil a R$ 200 mil, um deles com edição limitada, único modelo no Piauí, eram revendidos bem abaixo do valor de mercado. “Tem caso de um empresário que comprou o carro por R$ 50 mil e depois revendeu a outro empresário por R$ 140 mil. O primeiro pode ser enquadrado por receptação dolosa, mas o segundo adquiriu o veículo pelo valor de mercado e, portanto, comprou de boa fé e acabou enganado”, explicou. Zanata acredita além dos 10 veículos já recuperados, outros ainda podem ser apreendidos. Ele acrescentou ainda que o funcionário da concessionária, Augusto César, foi preso no domingo. Ele participava ativamente do esquema facilitando as vendas recebendo R$ 2 mil por cada veículo repassado para o líder da quadrilha. “Muita gente que adquiriu esses carros por valores foram devolver. Vamos aguardar a conclusão do inquérito para saber o que serão feitos com esses veículos que, em tese, são do banco”, afirmou Zanatta.
Informações Ascom SSP-PI
Assessoria de Imprensa da Polícia Civil