A Equipe de Odontologia Legal do IMLGV do Piauí, composta pelos peritos Vinícius Aguiar Lages, Adriana Vasconcelos da Nóbrega Barros, Áurea Castelo Branco Andrade, Joseany Barbosa Laurentino de Carvalho, Renata Kelly Nogueira Trajano, além do aluno de Graduação em Odontologia/ UESPI, Paulo Henrique Viana Pinto, produziu e publicou artigo na Revista Brasileira de Odontologia Legal-RBOL, sobre a importância da documentação odontológica de usuários de drogas institucionalizados para a identificação post mortem. O referido artigo traduz a importância dos registros dentários de pessoas nessas instituições e também em outros ambientes como os penitenciários.
Resumo: No Brasil, houve aumento do número de usuários de drogas, os quais possuem maior risco de morte devido ao confronto com gangues rivais e com a polícia. Muitas vezes, a identificação destas vítimas se faz necessária pelo arco dental, que será possível caso existam registros odontológicos. Objetivo: Demonstrar a importância legal dos registros odontológicos para a identificação de indivíduos com histórico de uso de drogas e que estão acolhidos institucionalmente. Relato de caso: um cadáver do sexo masculino, esqueletizado, foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) Gerardo Vasconcelos, em Teresina-PI, para exame de identificação humana e determinação da causa da morte. Junto com a ossada, foram encontrados documentos pessoais compatíveis com histórico descrito pelos familiares de uma pessoa do sexo masculino de 19 anos de idade, usuário de drogas, que se encontrou institucionalizado em comunidade terapêutica para tratamento e recuperação. Foram disponibilizados um atestado de saúde bucal usado para admissão na comunidade terapêutica e ficha odontológica com odontograma, o que possibilitou o processo de identificação pelos arcos dentais. Após o confronto odontolegal entre dados ante mortem (AM) e post mortem (PM), a identificação foi realizada com sucesso. A idade foi estimada entre 18 e 30 anos, de acordo com estágios de mineralização dos terceiros molares e suturas cranianas. As lesões ósseas encontradas evidenciam a hipótese de homicídio. Conclusão: A documentação odontológica produzida com finalidade clínica e administrativa de indivíduos usuários de droga e que necessitam de tratamento institucionalizado demonstrou ser eficiente na identificação odontológica pós-morte.
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Assessoria de Imprensa da Polícia Civil