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Polícia Civil do Piauí
Uma guerreira que sabe voar
27/03/2008 - 09:00:00  
  
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Dois jovens de família humilde da cidade de Oeiras (PI), Luiz Evangelista e Odete. Ela, uma mulher com visão de futuro, formou-se como professora primária pela Escola Normal Antonino Freire, escola de maior prestígio nas décadas de 50 a 80. A jovem Odete prestou concurso público para professor primário, sendo designada para desempenhar suas funções nas escolas do Poty Velho, zona norte de Teresina. Naquelas escolas, a professora Odete conquistou os alunos, fazendo um verdadeiro trabalho de orientação da educação tornando-a uma mestra, recebendo respeito da Secretaria de Educação, que a erigiu ao posto de diretora tendo, inclusive, sido declarada defensora do ensino supletivo. Enfim, a professora Odete é precursora da luta do povo pobre da periferia, e hoje muitos dos seus alunos brilham em vários setores da nossa sociedade, prestando importantes serviços para o desenvolvimento do Estado. Luiz Evangelista, jovem de Oeiras (PI), veio para Teresina (PI), foi jogador, disputou campeonatos defendendo times importantes como River, Flamengo e Piauí. Ingressou na Secretaria de Segurança Pública, estudou na Universidade Federal do Piauí, formou-se em Direito. Na polícia civil, Luiz Evangelista realizou trabalhos desafiadores que necessitavam de muita coragem e determinação, como também amor à camisa de nossa instituição policial. Lembramos que, como primeiro Delegado Geral, Luiz Evangelista foi ousado em retirar, dos quadros da Polícia Civil, os policiais militares que na época ocupavam todos os cargos de primeiro, segundo e terceiro escalão, medida esta moralizadora, pois os policiais civis passaram a administrar sua própria instituição pública. Odete e Luiz Evangelista, exemplo de família religiosa, casaram-se e formaram uma família de três filhos: Hildeth Evangelista e os irmãos Hilberto e Hilvanndeth, todos formados em direito. Hildeth Evangelista submeteu-se ao exame da OAB/PI e logo foi percorrer o mister da advocacia com sucesso nas causas defendidas. Concorreu ao concurso de Delegado, foi designada ao cargo de Delegada Titular de várias Delegacias, em especial da DPCA, DECCOTERC, Entorpecentes, 5° Distrito, foi Gerente de Polícia Metropolitana, ganhando simpatia pelo entusiasmo e respeitabilidade à instituição. Convidada pelo Secretário de Segurança Dr. Robert Rios Magalhães, foi ocupar o cargo de Delegada Geral da Polícia Civil, para felicidade da própria Polícia Civil e desafio pelo cargo a ser desempenhado por uma mulher, e ainda mais, por uma jovem. Mas, a Delegada Hildeth, com o espírito de luta conquistada pela mãe Odete, o entusiasmo e o amor pela causa da Polícia Civil deixados pelo pai Luiz Evangelista, a química resultou positiva e, como resultado, temos uma guerreira com uma disposição ímpar na história de nossa polícia civil. Não importa onde, em que horas e circunstancias, os meios, os fatos e os tipos de autores de crimes, ali está a Delegada Hildeth tomando sempre a decisão certa, com força e sabedoria. No exercício do cargo de Delegada Geral, sempre respeitou seus colegas, jamais decepcionou suas amigas delegadas, não posso dizer a unanimidade, mas foi educada para saber ouvir seus subordinados e ser elegante ao atribuir funções sem deixar dúvidas ou aborrecimentos. A Delegada Hildeth deixa para todos nós o orgulho de ser mulher negra, com competência, decência e moral. Fazendo Polícia Civil, abrindo os caminhos de desafio e discriminação, com dose de punho da sensibilidade de mulher piauiense, sangue de guerreira, a humildade tornou-se a parceria perfeita entre a Delegada Hildeth e o Dr. Robert Rios, porque ambos amam o aparelho policial, e demonstram como é possível fazer uma segurança pública de vergonha. A Delegada Hildeth que, sem dúvidas, é o esteio da revelação da nova mulher no desafio desse trabalho tão estressante, investiu-se no mundo em busca da igualdade, da dignidade, da moral, da ética, da inteligência, do respeito, da honestidade e da liberdade. A saída da Delegada Hildeth mexe muito com a estrutura atual do trabalho administrativo e judicial da Polícia Civil, mas por outro lado, com toda certeza, ela levará consigo o marco da experiência e da garra para vencer junto a Defensoria Pública que a espera para continuar o trabalho àqueles pobres que clamam por uma Justiça social e jurídica. A Delegada Hildeth, contando com o seu espírito de guerreira, amor pelo Direito e o caminho da verdade deixada por nosso Senhor Jesus Cristo, certamente acrescentará à Defensoria Pública o brilho de mais uma estrela no quadro pessoal daquela instituição. Parabéns e obrigada por tudo!!! Teresina, 26 de março de 2008 De sua admiradora, Drª. Maria Vilma Alves
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